18 de dezembro de 2013

Obrigada novembro...


E meu novembro acabou, e com ele acontecimentos muito, muito interessantes...
Agosto é o mês do desgosto, sempre ouvi esse ditado, e ele se mostrou verdadeiro pra mim em 1994.  Descobri o fel da vida, naquele mês.
O quanto uma dor pode doer, o quanto um poço pode ser fundo, o quanto uma pessoa pode se sentir  desamparada, desiludida, perdida, enfim, agosto mostrou sua face e eu desde então, detesto agosto.

Agora novembro.....ahhhh.....novembro....
Já falei dele aqui em outra postagem, incrivelmente, nesse ano ele veio e me libertou.

Nunca mais esquecerei desse novembro e nem de tudo que aconteceu nele.
Foram tantas coisas, tantas emoções, tantas lágrimas de surpresa, de saudades, de alegria e de profunda tristeza.

Ainda estou com a cabeça à mil, pensando em tantas coisas que me parece ver palavras saltando por todos os meus poros, assim soltas no ar, como pipocas.
Desejo reprimido por tantos e tantos anos me envolvendo, me enchendo e esvaziando de alegria.
Ai que loucura tudo isso....

Curtindo essa sensação ao máximo, porque sei que ela é só minha e de mais ninguém, e que também uma hora dessas diminui, e vira apenas uma chama, e mergulha novamente no passado, e se deita e adormece pra toda eternidade.

Ai que alegria é você viver, é ser feliz, mesmo não sendo plena nunca,  e eu tenho consciência dessa minha condição, mas ao mesmo tempo, você ter a oportunidade de ter tudo que almejou afetivamente em outro porto, um porto seguro, real, de verdade.

Eu sei que a minha plenitude foi largada no ar....foi deixada, isso à minha revelia, não foi uma opção minha.  Mas ao mesmo tempo, ter tido a sorte de ter se reencontrado, e ter recomeçado, e ter refeito, mesmo com toda a dor, todas as feridas.

E hoje pode dizer, sou FELIZ, apesar do abandono, apesar da troca, apesar de tudo, porque um dia, alguém me viu de verdade, e se encontrou e me encontrou, e estamos assim encontrados para sempre.

Obrigada novembro, pela lágrima e pelo sorriso.
Pela libertação.
Pelo desejo.
Pelo amor.
Por ter finalmente, descoberto e aceitado a minha condição, de ser plena e despedaçada.
De ser duas, em uma só.

Obrigada...






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