25 de maio de 2008

Responsabilidade


"Quem poderia ser responsável por nossa vida exceto nós mesmos? Somos responsáveis por cada pensamento, sentimento, crença, percepção, atitude e ação. E também por cada resposta que criamos independente das circunstâncias ou situações. Porém, sempre haverá aqueles que, em circunstâncias desafiadoras, nunca reclamam ou insultam. A habilidade deles em responder positivamente e pró ativamente é fortalecida pela percepção que eles têm de si como estando preparados para tomar responsabilidade completa pela qualidade do próximo pensamento e ação. Eles não permitem serem dominados pelos acontecimentos. Eles sabem que a vida arremessará todos os tipos de situações sob as quais eles não têm controle. Mas eles também sabem que tudo que eles podem controlar é a resposta que eles darão. Às vezes eles são chamados de líderes verdadeiros."
Mike George

10 de maio de 2008

Dia das Mães é todo dia !







Amanhã é dia das Mães.
Bem, pelo menos é o dia oficial.
O dia em que o comércio ganha um bocado...
Pra mim, é todo dia.
Sim, Dia das Mães é todo dia.
Fico doente com essas datas, dia das mães, dia dos pais e por aí vai...
Por que as pessoas não comemoram todos os dias?
Todo dia, eu agradeço a Deus pela minha.
Não sou lá a melhor filha.
Acho até que sou bem chata com ela, mas enfim, talvez possa enquadrar isso naquele tal
"choque de gerações".

E eu, Ana Claudia.
Desnorteada de tudo.
Sempre com a cabeça fervilhando de mil idéias, todas elas arquiváveis.
Uma típica pisciana, que vive armando castelos mil.
Que nunca imaginou em sua vida, ser mãe de outra coisa que não fosse os meus bichos.
Me vejo mãe.
Responsável por alguém.
Exemplo pra ela.
Caraca, exemplo....
Logo eu?!
Quando me olho no espelho, e vejo as marcas do tempo, que vão chegando bem devagarzinho.
Me vem a memória, a menina que fui, a adolescente que fui, e agora então, uma mulher.
Já com suas vivências.
Com suas lágrimas muito bem arquivadas, aliás, junto com as idéias fervilhantes.
Fico tentando encontrar a mãe.
Gente,
Eu tenho cara de tudo, menos disso...
Enfim, agora mãe.
Desejosa de passar minhas idéias a ela, minha pequena herdeira.
Muito difícil ser mãe.
Quando eu tava do outro lado, era muito mais fácil julgar, criticar...
Agora, me vejo no meio do furacão.
Sim, furacão.
Ser mãe, são tantas coisas ao mesmo tempo.
Tantas emoções.
Tantas nuances.
Tentar não fazer da vida dela a minha.
Tentar não projetar os meus sonhos nos dela.
Tarefa difícil,
Mas,
Hei de conseguir.
Enfim, já que a data existe para a maioria, quero desejar a todos um dia bom!

Força, luz e garra
Para aquelas que perderam seus filhos.
Para aquelas que estão prestes a pari-los.
Para aquelas que lutam e muito para criar seus filhos.
Para aquelas que possuem seus filhos doentes.
Para aquelas que não estam mais conosco, pois já estão em outro plano espiritual.
Para aquelas que adotam.
Para aquelas que não podem gerar.
Para todas as mães, seja onde for, e como for.
Desejo muito amor!

E a esperança de um mundo muito melhor para todos nós.
Euzinha amanhã, vou pra casa da minha.
Confusão gostosa.
Família de paraíba é um barato.


Um beijo bem gostoso para as minhas amigas das listas (Bem-Vindos, BestBaby, Invitare e PartoNosso) e também para a minha amiga virtual Cleo, que tá sempre me dando uma força nesses blogs da vida.

Tô anexando uma fotinho minha.
Momento mega mãe, esperando Cora, com 38 semanas.
Feliz da vida!!!!!!!!!!!!!!

bjs

7 de maio de 2008

Finalmente...Será ???!!!!


Repassando postagem do blog da Aurea (http://www.mamifera.blogspot.com/).

A pergunta que fica é:

Como o governo irá conseguir reverter essa situação...

Há de se ter que fazer uma hiper mega reciclagem nos profissionais, para que eles humanizem o tratamento com as gestantes.

E depois, esses profissionais, bem preparados, darem suporte a essas mulheres e seus medos...

Sei não.....

Mas, tô na torcida.

bjs

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Leiam, divulguem, linkem, mandem pra todos os seus conhecidos...

Grifos meus!06/05/2008 - 21h20

Ministério da Saúde lança campanha de incentivo ao parto normal

da Folha Online


O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse que o Brasil vive uma epidemia de cesarianas. O órgão lançou nesta terça-feira a Campanha de Incentivo ao Parto Normal, em Brasília. Temporão revelou que cada vez mais os casais têm a ilusão de que com o parto cesárea estarão simplificando o processo e de que ele é indolor e mais seguro.

"Nós sabemos que o parto cesárea não indicado adequadamente pode gerar sérios problemas de saúde ao bebê e à mãe além de atrasar e interferir no processo de aleitamento materno, que é fundamental para a saúde do bebê", afirmou o ministro.

Levantamento encomendado pelo Ministério da Saúde demonstra que a cesariana já representa 43% dos partos realizados no Brasil no setor público e no privado. Analisando apenas as mulheres que utilizam planos de saúde, esse percentual é ainda maior, chega a 80%.

No SUS (Sistema Único de Saúde), as cesáreas somam 26% do total de partos. Os dados são de 2006. O parto normal é o mais seguro tanto para a mãe quanto para a criança. De acordo com a recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde), as cirurgias deveriam corresponder a, no máximo, 15% dos partos. O ministro disse que a meta do país é se aproximar ainda mais da meta da OMS.

A campanha começa a ser veiculada no dia das mães, no próximo domingo (11) e contará com a distribuição de panfletos, cartazes, filmes para TV e gravações para as rádios com mensagens sobre o processo do parto normal e a sua importância. Os materiais contribuem, ainda, para esclarecer às futuras mamães que tudo tem o tempo certo e que o bebê também tem seu tempo para nascer.

"A cesariana tem indicações técnico científicas, se constitui em avanço da ciência para as situações de risco para a mãe e/ou bebê, mas tem sido comum a cirurgia ser marcada desnecessariamente, sem uma indicação precisa, o que aumenta as chances de complicações e morte para ambos", alerta o médico Adson França, diretor do Departamento de Ações Estratégicas do Ministério da Saúde.

Os estados da região Sudeste registram os índices mais elevados de cesariana, totalizando 52% do número total de partos. A região Norte, por outro lado, registra os menores percentuais: 35%.

"No Sudeste, o modelo de atenção obstétrica vigente, com maior valorização do parto operatório está mais consolidado. Essa também é a região onde as escolas médicas tiveram papel preponderante de disseminação desse modelo. Na região Norte há um maior número de partos normais", diz a coordenadora da área técnica de saúde da mulher, Regina Viola. No Amapá a prevalência de partos normais é de 75%.

A alta prevalência das cesáreas leva a uma série de prejuízos: para o bebê, para a mãe e para a gestão dos serviços de saúde. Estudos demonstram que fetos nascidos entre 36 e 38 semanas, antes do período normal de gestação (40 semanas) têm 120 vezes mais chances de desenvolver problemas respiratórios agudos e, em conseqüência, acabam precisando de internação em unidades de cuidados intermediários ou mesmo UTI (Unidade de Terapia Intensiva) neonatal. Além disso, no parto cirúrgico há uma separação abrupta e precoce entre mãe e filho, num momento primordial para o estabelecimento de vínculo.

Para as mães, o parto cirúrgico apresenta mais chances de hemorragia, infecção no pós-parto e uma recuperação mais difícil, além de determinar custos mais elevados e desnecessários para a saúde pública e privada. "Por essas e outras razões, queremos incentivar as mulheres a reivindicar o direito de dar à luz por meio do parto normal, com autonomia, humanização no seu acompanhamento e segurança", afirma França.

Um dos aspectos já identificados pelo ministério como causa para o aumento das cesáreas é o menor tempo de assistência médica necessária, em relação ao parto normal. Por isso, a campanha também sensibilizará os profissionais de saúde, as universidades e conta com o apoio das entidades médicas e científicas.


A falta de informação entre as mulheres também seria outro agravante, pois faz com que elas não participem dessa escolha e, mesmo que num primeiro momento expressem a vontade do parto normal --70%, segundo pesquisas recentes do ministério--, no decorrer do trabalho de parto, são convencidas por um ou outro motivo a aceitar o parto cirúrgico. Em várias situações ocorre o desrespeito à vontade da mulher, prevalecendo convicções pessoais do médico, nem sempre baseadas nas melhores evidências científicas.

O Ministério da Saúde também esclarece que cesáreas anteriores, gestação de gêmeos e fetos grandes não determinam, por si só, a indicação do parto cirúrgico.
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1 de maio de 2008

A Lactância Selvagem




Desde que engravidei só pensava nisso.
A-m-a-m-e-n-t-a-ç-ã-o !
Era até uma parada meio delirante, cheguei a sonhar que estava amamentando um bebê que não tinha rosto.
O desejo de ver alguém sugando, com suas bochechas rosadinhas.
Sentir o fluxo do leite saindo.
O maior sonho.
Via que algumas pessoas tinham muita dificuldade em amamentar, algumas acabavam desistindo e sempre pensando, que comigo não seria dessa forma.
Fosse o trabalho que fosse, eu amamentaria.
A coroação de todo o ciclo gestação-parto-amamentação.
E graças as Deusas, assim foi.
Cora mamou nos primeiros minutos de vida.
Quando nasceu já veio batendo a boquinha, tipo, Calma mamãe...vou realizar teu sonho!
Ela mamou exclusivamente até os 6 meses, e agora estamos na amamentação prolongada.
São exatos 22 meses de amor.
Amor líquido.
Amo amamentar.
Não tenho pudores, ela o faz quando deseja.
E assim será até quando ela sentir essa necessidade.
O pediatra, que sempre incentivou, na última consulta, me veio com um papo de desmame.
Tive vontade de mandá-lo para a putaquepariu, mas a minha educação nessas horas funciona bem...
Algumas pessoas, vem com um papo de que não é mais necessário, que isso é mãnha, mania e que ela é muito dependente de mim por isso.
Aliás, as mesmas pessoas que não entendem a nossa cama familiar.
Pobres bossais, jamais alcançarão....
Recebi um texto magnífico, que exprime muito bem o que sinto, o que penso, o que faço.
Infelizmente não tenho o dom da escrita, por conta disso, quando recebo algo assim, tenho que divulgar.
Amamentar é bom pra caralhooooooooooo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


bjs




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A lactância selvagem (Laura Gutman)



A maioria das mães que consultam por dificuldades na lactância estão preocupadas por saber como fazer as coisas corretamente, em lugar de procurar o silêncio interior, as raízes profundas, os vestígios de feminidade e um apoio no companheiro, na família ou na comunidade que favoreçam o encontro com sua essência pessoal.


A lactância genuína é manifestação de nossos aspectos mais terrenais, selvagens, filogenéticos. Para dar de mamar deveríamos passar quase o tempo todo nuas, sem largar a nossa criança, imersas num tempo fora do tempo, sem intelecto nem elaboração de pensamentos, sem necessidade de defender-se de nada nem de ninguém, senão somente sumidas num espaço imaginário e invisível para os demais.Isso é dar de mamar. É deixar aflorar nossos rincões ancestralmente esquecidos ou negados, nossos instintos animais que surgem sem imaginar que ainda estavam em nosso interior. E deixar-se levar pela surpresa de ver-nos lamber a nossos bebês, de cheirar a frescura de seu sangue, de chorrear entre um corpo e outro, de converter-se em corpo e fluidos dançantes.




Dar de mamar é despojar-se das mentiras que nos contamos toda a vida sobre quem somos ou quem deveríamos ser. É estar “desprolixas”, poderosas, famintas, como lobas, como leoas, como tigresas, como “canguruas”, como gatas. Muito relacionadas com as mamíferas de outras espécies em seu total afeiçoo para a criança, descuidando ao resto da comunidade, mas milimetricamente atenciosas às necessidades do recém nascido.




Deleitadas com o milagre, tratando de reconhecer que fomos nós as que o fizemos possível, e reencontrando-nos com o que tenha de sublime. É uma experiência mística se nos permitimos que assim seja.

Isto é tudo o que se precisa para poder dar de mamar a um filho. Nem métodos, nem horários, nem conselhos, nem relógios, nem cursos. Mas sim apoio, contenção e confiança de outros (marido, rede de mulheres, sociedade, âmbito social) para ser uma mesma mais do que nunca. Só permissão para ser o que queremos, fazer o que queremos, e deixar-se levar pela loucura do selvagem.




Isto é possível se se compreende que a psicologia feminina inclui este profundo afinco à mãe-terra, que o ser uma com a natureza é intrínseco ao ser essencial da mulher, e que se este aspecto não se põe de manifesto, a lactância simplesmente não flui. Não somos tão diferentes aos rios, aos vulcões, aos bosques. Só é necessário preservá-los dos ataques.




As mulheres que desejamos amamentar temos o desafio de não nos afastar desmedidamente de nossos instintos selvagens. Costumamos raciocinar, ler livros de puericultura e desta maneira perdemos o eixo entre tantos conselhos pretensamente “profissionais”.




Há uma idéia que atravessa e desativa a animalidade da lactância, e é a insistência para que a mãe se separe do corpo do bebê. Contrariamente ao que se supõe, o bebê deveria ser carregado pela mãe o tempo todo, inclusive e sobretudo quando dorme. A separação física à que nos submetemos como rotina entorpece a fluidez da lactância. Os bebês ocidentais dormem no moisés ou no carrinho ou em seus berços demasiadas horas. Esta conduta singelamente atenciosa contra a lactância. Porque dar de mamar é uma atividade corporal e energética constante. É como um rio que não pode parar de fluir: se se o bloqueia, desvia seu volume.




Dar de mamar é ter o bebê a colo, o tempo todo que seja possível. É corpo, é silêncio, é conexão com o submundo invisível, é fusão emocional, é loucura.






Sim, há que ser um pouco louca para maternar.






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