25 de setembro de 2013

Pequenas Aventuras 4



Eu sofro de amores por uma amizade perdida, era a mais linda e divertida. Compartilhada, vivida, intensa, irmandade mesmo. E depois de anos, ela simplesmente pegou sua vida, como se fosse uma mala e sumiu da minha. Assim, do nada, absolutamente nada. Descobri com isso que ainda possuía um último laço que me prendia as amizades convencionais, porque foi uma dor tão infinita de perda, de orfandade. E eu, que falava tanto em liberdade na amizade não estava conseguindo ter o entendimento daquela perda. Amizade é liberdade, sempre, mesmo que longe da gente !


[Ana Sixx]

ps: essa eu fiz pensando na minha amiga-irmã Claudia Barbosa, e incrivelmente no dia 02/03/14, ele voltou        pra minha vida, com sua malinha, de volta. Foi um reencontro emocionante, embora virtualmente apenas,      mas em breve, nos veremos e vamos dar aquele abraço de vida toda!!





24 de setembro de 2013

Pequenas Aventuras 3


A  mente corre solta, como um cavalo no campo
Mas nesse campo tem uma cerca
E essa cerca, lhe dá a segurança de ter feito a escolha certa
Mas, não impede os pensamentos que trilham caminhos passados
Caminhos que nunca mais voltarão a ser trilhados.



[Ana Sixx]

20 de setembro de 2013

Sobre parto, grana e prioridades

Estou nesse mundo de parto na internet desde 2004, e nesse período já li e ouvi todo tipo de coisa.
Gosto do tema, ele é envolvente e apaixonante porque mexe com o nosso fisiológico e também com um dos sentimentos mais fortes que existe dentro do ser humano que é a maternidade. Aprendemos tanta coisa quando vamos atrás da informação, e conseguimos traçar paralelos entre o que é o ideal e o que é a realidade obstétrica no nosso país.
Um parto digno no nosso país, é sinônimo de luta, de agarrar toco de pau na mão e sair pra guerrear, porque é quase uma loteria esportiva você conseguir um profissional que realmente preze pela qualidade do nascimento, pelo nascer bem, pela satisfação daquela mulher que está ali desejosa apenas daquilo que é seu por direito. Parir.
Acompanho muitas histórias, tentem imaginar quantas, pela quantidade de tempo que participo de listas, grupos e tudo mais.  E já posso desenhar tranquilamente o perfil das mulheres que desejam realmente um parto normal.
Mas, não é disso que quero falar, não quero desenhar perfis, o que eu quero é comentar sobre algo que me incomoda muito.

Eu particularmente, acho que não deveria haver a opção de parto cirúrgico para mulher nenhuma, todas teriam que ter seus filhos através de parto normal, EXCETO, aquelas que tivessem em uma situação REAL de risco.  Mas, isso também é utópico, eu sei, a nossa realidade, infelizmente, é que o parto, acabou se tornando um ato cirúrgico, e que o tipo de atendimento oferecido pela maioria dos profissionais afasta mais ainda as mulheres do parto normal.

Mas sabe o que me deixa perplexa é ver a facilidade que as pessoas tem em priorizar as coisas.
Por exemplo:
A pessoa tem um plano de saúde, paga uma grana nele, e não abre mão de ter seu filho através dele. Essa é a lógica né? 
Correto seria se pudéssemos ter o atendimento pela grana que pagamos durante anos e anos a fio. Mas essa não é a realidade.
A realidade é que nascimento de filho com médico de plano é a mesma coisa que você assinar um termo de concordância com o parto cirúrgico. Porque você simplesmente não vai conseguir parir pelo plano.Fato.
E nas poucas vezes que se consegue um parto normal, você tem que se entregar a Deus, porque de tudo você pode ganhar de brinde (ocitocina, epísio, falta de acolhimento, etc, etc e etc).

Aí, você vai desenvolver uma conversa com a pessoa e ela de cara vai falar sobre o problema financeiro. Dizer que infelizmente não tem como pagar um atendimento particular, que já paga o plano caríssimo e tals. Dizer que queria muito ter um parto normal, mas infelizmente vai ter que continuar no médico do plano e que já conversou com ele e que o mesmo se comprometeu em esperar até as 40semanas (?)  e só a partir daí, fará uma cirurgia já que o bebê pode entrar em sofrimento e etc. (Existem muitas variações nessas justificativas, mas de qualquer forma, todas vão levar ao parto cirúrgico)

E assim, vai, se entrega pra equipe médica e pronto.  Algumas continuam achando que fez o melhor, que o “parto” foi ótimo, que seus filhos nasceram super bem, e que não vê mal nenhum em ter os filhos assim, e que certamente fará novamente se tiver outro filho.  Outras tantas, sentem enormemente, conseguem visualizar o estrago, a extração do bebê, a frieza dos médicos, a solidão do sentimento da perda de um evento único.

Mas, vamos voltar, as que dizem não ter condições financeiras de arcar com um parto, porque não tem grana, que tá apertado, que não pode ter parto normal porque é muito caro, blábláblá wiskas sachê..
É que essas mesmas pessoas, gastam o que tem e o que não tem para fazer um enxoval, tem gente inclusive que  viaja para outro país para comprar roupas do bebê mais em conta (ué, vc não tava sem grana?). Faz mega quarto, mega decoração, mega álbum de gestante, tudo isso no nível estratosférico, algumas inclusive já começam a pensar na festa de 1 ano do filho, enfim, e tudo isso só porque a cidadã não tinha dinheiro para pagar um parto legal para ela e o filho.

Perguntas que me vem a cabeça:
             - O que é prioridade?
           -Quantas vezes um filho nasce?
           -O que vai ficar gravada na memória dessa mulher? Um lindo e fofo quarto, ou o momento do           nascimento do seu filho?

Filho só nasce uma vez!
Você vai ter todo o tempo do mundo para escolher roupas, quartos bonitos, festas e todas aquelas coisas que faz a alegria de toda mãe (ou quase todas), mas seu filho só vai nascer uma vez.
Aquele momento é único, entenda isso, não jogue essa ÚNICA oportunidade no lixo.
Aqui, eu priorizei os nascimentos das meninas.  Dei o nascimento correto a elas, que foram respeitadas na chegada ao mundo e dei a mim e ao meu companheiro uma vivência extremamente emocionante. 
Acredito que todo nascimento é emocionante, mas duvido muito, que a emoção de um parto normal possa ser comparado aquele do ato cirúrgico, onde a mulher é cortada, e fica a mercê do sistema.  Sem poder amamentar, acalentar, abraçar, sentir, ter o primeiro contato real (não falo daquele momento foto de parto com marido, mulher e criança enrolada como um pacote de pão) com seu filho.

A intenção do post é apenas reflexão.

Você prioriza o que, no nascimento do seu filho?
Reflita!

bjs




16 de setembro de 2013

Pequenas Aventuras 2


Daquela noite, 
Eu só guardei o seu olhar....

                                                       ...para Zíngara...



    [Ana Sixx]

Pequenas Aventuras 1


Quando ele foi embora
Abriu-se um buraco
Sem fim...

[Ana Sixx]


ps: abrindo possibilidades na escrita, tentando colocar em palavras as coisas que me avoam na mente...Vamos ver se consigo....não me levem a mal.

13 de setembro de 2013

Estrelas Guias !


Das coisas boas da vida, eu diria, das melhores coisas da vida, estão os filhos.
Como consegui viver durante 35 anos sem elas?
Acho que sobrevivi, a procura de um amor que me transbordasse por toda a vida, e finalmente consegui chegar a esse patamar.
Filhos dão trabalho,  são extenuantes, e você se vê as vezes berrando como uma louca por causa deles, mas, são as melhores coisas que podem existir nessa galáxia.
De longe, melhor que chocolate e melhor que a melhor música de todos os tempos.
Eu amo estar com elas, viver com elas e para elas.
Me saturar delas, para que no futuro, eu possa sim abrir minhas asas e soltá-las livres, plenas, com a certeza de que foram imensamente amadas um dia.
No momento, são filhotas pequenas e permanecem debaixo de minhas asas protetoras.

A cada dia que passa,  tenho mais certeza da escolha que fiz, optando por não terceirizar a criação das minhas meninas, foi a melhor coisa que fiz para todos nós!
Cora e Nina, eu amo vocês !!!

bjs

10 de setembro de 2013

Dona Eudízia Vieira !!!!






No dia 10 de setembro de 1989, ela tava fechando seu ciclo, depois de uma curta e sofrida luta contra um câncer no esôfago.
Já se passaram 24 anos, e posso dizer, que durante todo esse tempo, sempre a tive nos meus pensamentos. Desejando muito que ela tivesse viva para que pudesse participar das minhas conquistas, das minhas alegrias e também das minhas tristezas.

Essa pessoa que era minha avó materna, se chamava Eudízia Vieira, paraibana, analfabeta, mãe, guerreira, costureira. Era nascida e residia em Taperoá na Paraíba.
Todos os anos ela vinha para o RJ, ver seus filhos e netos que aqui moravam. Ela ficava na nossa casa, onde tinha a máquina singer dela, que hoje está comigo, na minha sala. E intercalava a casa dos filhos, visitando todos, sem distinção, mas sempre voltando pra nossa.

Tive o prazer de conviver 17 anos com ela.  Pra mim foram poucos anos, mas na real, foram os anos possíveis. Adoráveis anos.

Tenho saudades de ti Eudízia, minha vózinha.  Da maciez da sua pele, do seu cheirinho de talco Promessa, do cabelo tão fininho e macio, da voz grossa e nordestina, as pelanquinhas que eu amava puxar carinhosamente, do barulho da sua máquina, do seu pé arrastando fiapos e retalhos por toda casa....do seu bife cheio de coloral, da senhora sentadinha de cócoras lá na porta da cozinha, da sua reza noturna que nunca de forma alguma deixava de fazer, da sua risada, do seu deboche, da sua graça, do seu olhar.....
Ah Dona Eudízia farei 100 anos e jamais te esquecerei.

Na gestação de Nina, tive um sonho com ela, tão real, mas tão real, que pude matar a saudade e acordei chorando.  Ela está sempre perto de mim!

Vou colocar aqui, uma música que eu não posso ouvir pra não chorar, porque quando eu era pequena, e ela vinha pra minha casa, cantava pra mim...




Quando a saudade aperta, eu fecho os olhos, sinto seu cheiro, e penso nessa música.
Um dia estaremos juntas, tenho certeza disso!

ps: nessa foto, ela e a minha irmã, era pra eu estar na foto também, mas brigamos na hora de tirar a foto e eu não tirei por pura pirraça.... Como somos burros quando criança :-(

bjs

4 de setembro de 2013

Será II ?

Tem coisas que só a gente sente....
E as outras pessoas, simplesmente não entendem, e tratam uma coisa tão genuína com desdém, como se fosse uma maluquice, um troço sem sentido, um absurdo na terra...
Eu te desejo, e é simples assim.  Sinto como se faltasse você.
Que eu nem sei quem é.
Porque na real, tudo pode ser uma manifestação do meu desejo, e até esse sentir ser apenas projeção disso, mas sinto, ponto.
O que fazer?
Sufocar?
Esquecer?
Não fazer?

Eu não tenho muito tempo, o tempo tá corrido pra mim, e eu preciso dessa definição...


bjs