Por indicação da Micheliny do Pacha Mama estou participando dessa blogagem coletiva.
Se você quiser participar, vá ao blog da Denise Arcoverde, o Síndrome de Estocolmo (http://sindromedeestocolmo.com/) e veja como você deve fazer.
Amamentar é muito mais do que alimentar.
Amamentar é amor em forma líquida!
Minha Cora mamou exclusivamente até os 6 meses, e até os 2 anos só o meu leite.
É uma criança muito sadia e feliz, hoje ela está com 2 anos e 1 mês e está começando a ter acesso ao leite de vaca, porém, não tirei e não pretendo tirar o peito dela. Essa será uma escolha de Cora, irá mamar até quando sentir necessidade do meu leite.
Semana Mundial da Amamentação !
Vou postar novamente um texto da Laura Gutman, que tem tudo a ver com essa Semana...
A Lactância Selvagem
A maioria das mães que consultam por dificuldades na lactância estão preocupadas por saber como fazer as coisas corretamente, em lugar de procurar o silêncio interior, as raízes profundas, os vestígios de feminidade e um apoio no companheiro, na família ou na comunidade que favoreçam o encontro com sua essência pessoal.
A lactância genuína é manifestação de nossos aspectos mais terrenais, selvagens, filogenéticos. Para dar de mamar deveríamos passar quase o tempo todo nuas, sem largar a nossa criança, imersas num tempo fora do tempo, sem intelecto nem elaboração de pensamentos, sem necessidade de defender-se de nada nem de ninguém, senão somente sumidas num espaço imaginário e invisível para os demais.Isso é dar de mamar. É deixar aflorar nossos rincões ancestralmente esquecidos ou negados, nossos instintos animais que surgem sem imaginar que ainda estavam em nosso interior. E deixar-se levar pela surpresa de ver-nos lamber a nossos bebês, de cheirar a frescura de seu sangue, de chorrear entre um corpo e outro, de converter-se em corpo e fluidos dançantes.
Dar de mamar é despojar-se das mentiras que nos contamos toda a vida sobre quem somos ou quem deveríamos ser. É estar “desprolixas”, poderosas, famintas, como lobas, como leoas, como tigresas, como “canguruas”, como gatas. Muito relacionadas com as mamíferas de outras espécies em seu total afeiçoo para a criança, descuidando ao resto da comunidade, mas milimetricamente atenciosas às necessidades do recém nascido.
Deleitadas com o milagre, tratando de reconhecer que fomos nós as que o fizemos possível, e reencontrando-nos com o que tenha de sublime. É uma experiência mística se nos permitimos que assim seja.
Isto é tudo o que se precisa para poder dar de mamar a um filho. Nem métodos, nem horários, nem conselhos, nem relógios, nem cursos. Mas sim apoio, contenção e confiança de outros (marido, rede de mulheres, sociedade, âmbito social) para ser uma mesma mais do que nunca. Só permissão para ser o que queremos, fazer o que queremos, e deixar-se levar pela loucura do selvagem.
Isto é possível se se compreende que a psicologia feminina inclui este profundo afinco à mãe-terra, que o ser uma com a natureza é intrínseco ao ser essencial da mulher, e que se este aspecto não se põe de manifesto, a lactância simplesmente não flui. Não somos tão diferentes aos rios, aos vulcões, aos bosques. Só é necessário preservá-los dos ataques.
As mulheres que desejamos amamentar temos o desafio de não nos afastar desmedidamente de nossos instintos selvagens. Costumamos raciocinar, ler livros de puericultura e desta maneira perdemos o eixo entre tantos conselhos pretensamente “profissionais”.
Há uma idéia que atravessa e desativa a animalidade da lactância, e é a insistência para que a mãe se separe do corpo do bebê. Contrariamente ao que se supõe, o bebê deveria ser carregado pela mãe o tempo todo, inclusive e sobretudo quando dorme. A separação física à que nos submetemos como rotina entorpece a fluidez da lactância. Os bebês ocidentais dormem no moisés ou no carrinho ou em seus berços demasiadas horas. Esta conduta singelamente atenciosa contra a lactância. Porque dar de mamar é uma atividade corporal e energética constante. É como um rio que não pode parar de fluir: se se o bloqueia, desvia seu volume.
Dar de mamar é ter o bebê a colo, o tempo todo que seja possível. É corpo, é silêncio, é conexão com o submundo invisível, é fusão emocional, é loucura.
Sim, há que ser um pouco louca para maternar.
bjssssssssssssss
3 comentários:
Uauuuuuuuuuuuuuuu!! Vc disse tu o que eu gostaria de ter dito e não soube expressar!
Eu disse no meu blog:
"... pensa o seguinte: na natureza, quase que a totalidade das fêmeas amamentam! Simplesmente porque não há nenhuma dúvida quanto a isso! Heheheh! (Achei meio maluco o que acabei de escrever!!)
O que é importante destacar, nesse dia, é que é POSSÍVEL! Se a "cabeça" não entrar na história, pensando se o leite é bom, se é suficiente, etc, o "instinto" prevalece e tudo flui com naturalidade!
Eu acho que é isso o que importa: carinho, proximidade, contato físico...
Eu custei a amamentar! Fiquei aflita, chorei, desesperei! É um momento delicado, sentimentos misturados, preocupação imensa com o neném, hormônios em ebulição, fragilidade depois de passar pelo parto...
Mas a gente tem que acreditar na natureza e tentar! E ter calma, paciência...
Teu post está perfeitooo!
Posso por um link para cá??
Um beijo!
oi, Ana! Sou a escritora de Arcoverde, sim :) Manda o e-mail para o mesmo endereço, só que @hotmail.com. O uol tá com algum problema. Vou ver o que é.
beijo!
Amamentar é tudibom né Ana!
bjs
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