13 de abril de 2015

Doce Ganesha...


Semana passada, perdemos Ganesha...
Quinta-feira, Binho foi cuidar dos dogs pela manhã como de costume e encontrou-a morta.
Morreu dormindo.
Passei um dia tão chateada, meio que angustiada sabe? Porque sempre que algum bicho meu morre, me passa um filme na cabeça, desde o dia da chegada dele, até os últimos momentos.
Nos primeiros, eu quase morria junto, era uma dor tão profunda, tão grande que você até pensa que vai enlouquecer, mas com o tempo, e sendo uma criadora, a gente começa a criar meio que uma carapaça, você não se desespera mais, consegue visualizar aquilo como um fechamento de ciclo, e aceita...
Levei anos pra ter essa consciência, que foi adquirida a ferro e fogo, mas isso não significa que tenha doído menos, ou que amasse menos ela aos outros que já se foram no início do nosso envolvimento com dogs.
Simplesmente é assim!

Ganesha tava com 8 anos, nunca nos deu filhotes, logo nova teve uma piometra e tivemos que castrá-la.
Ela era muito meiga, nunca nos deu problema com brigas, sempre aceitou todos os dogs numa boa, aturou todos os filhotes que chegaram depois dela com muito carinho. Era muito brincalhona, gostava de correr e interagir com quem quer que fosse. Também era esganida de fome, nunca entendi o por que dela ser tão gulosa, já que sempre teve boa comida durante toda a vida. rs

E lá foi ela, se juntar aos nossos outros queridos na "Ponte do Arco-Íris" e comigo fica a sensação de que quando meu dia chegar também, sempre recebida pelos meus filhos todos de quatro patas: felinos e caninos.

Obrigada Ganesha, sua existência coloriu e muito a minha vida!!!
Mamãe sempre vai te amar e lembrar de vc!!


Imagem: Ganesha e Léo, ainda filhote (arquivo pessoal)

12 de abril de 2015

Memória



Fui ao sótão
Toda vez que estou 
Triste
Vou ao sótão

Ele me piora enormemente
Lá estão as lembranças
Dormentes
E os formigamentos
Nas mãos e pernas

O bom é sofrer
Feito labareda
Para se consumir
Inteira
E logo.

(Adriane Garcia)

Imagem: Obra da artista plástica mineira Neuza Ladeira


11 de abril de 2015

Pisciano




É líquido pulsar de vida
Manhoso e de visco delicado
Um estrondo
Seu pulo nas seivas:
O amor é um peixe
O amor é um anzol
O amor é a água das sedes
Na concha das mãos.

(Adriane Garcia)




10 de abril de 2015

8 de abril de 2015

Será?



O que machuca, o que dói demais e me mata aos pouquinhos é o desprezo e a indiferença...
Acho que não mereço isso...

Ou será que mereço?