26 de abril de 2013

Meus amores felinos



Aprendi a gostar de gatos, assim do nada.
Eles são esteticamente lindos. 
Também são misteriosos, amáveis, carinhosos, voluntariosos, dependentes, engraçados, brincalhões e amigos.
Quando criança, sonhava em ter um gato só meu, assim de rua mesmo, chamado vira-latas por alguns, por mim, simplesmente gato.  Mas, meus pais nunca gostaram de bicho, minha mãe principalmente, e por isso nunca os pude ter. Cresci curtindo os gatos dos outros e pensando que um dia teria o meu.
Cresci, e casei, logo no primeiro mês arrumei um gato, do jeito que eu sonhava, tigrado lindo, com uma marcação única, e logo o chamei de Severino, que naturalmente acabou sendo apelidado de Bill.  Vida difícil essa figura teve, coisa de nordestino mesmo, por isso o nome, que aliás é o mesmo do meu pai.
Um mês depois chega um outro, para fazer companhia a Bill, esse era persa (com uma ascendência misturada), e era muito fofo, ganhou o nome de Bob.
Isso foi em 2001.
Passamos por 5 mudanças com eles, nunca tiveram acesso a rua, porque pra mim lugar de gato é dentro de casa.  Nunca sequer passou pela minha cabeça vê-los saracoteando por aí, vulneráveis a todo tipo de desgraça e a ruindade do cerumano.
Destruíram o que puderam, sim, porque gatos são terríveis, e são capazes das maiores traquinagens da face da terra.
E foram muito amados.
Lutei para mantê-los comigo, ouvi todo tipo de bobagem e besteirada na época da gravidez da Cora.
Vi muitas pessoas que batiam no peito falando que jamais se desfariam de um gato se tivessem filhos, e pouco tempo na gravidez,  ver essas mesmas pessoas se desfazendo, como se os bichos fossem objetos.
Não é fácil quando se cria e se ama sozinho.
Binho nunca curtiu, aceitou que eu os pegasse por mim, e não por ele.
E na convivência diária foi pegando uma mega implicância com meus felinos, meu marido é dez, mas não é perfeito, e não curte gatos, agora tenho certeza disso.

Em novembro, após a última mudança, Bob desenvolveu pela 2a vez uma lipidose hepática, só que dessa vez veio tão certeira que não consegui salvá-lo, foi-se meu Bob em 26/11/2012.
Pensei, Bill não demora muito, e assim foi, dia 4/04/2013, foi meu Bill também.

Ficou um buraco, uma saudade, coisa que só quem gosta de gato sabe do que estou falando.
Decidi não ter mais felinos, porque não posso abraçar isso sozinha, e não posso contar com Binho.
Enfim, é isso, esse post é apenas uma despedida.
Para os gatos mais fofos que eu já tive.
Tá tudo gravado aqui na minha memória, tudo!

Continuarei agora uma adoradora de felinos, mas sem felinos....

Bill

Bob